O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
terça-feira, 26 de julho de 2011
"Zezinho Mascarado"
..."Quem vive de passado é museu", vomita esse monstro perverso.
La vengeance est un plat qui se mange froid...
"Zezinho Mascarado"
Às vésperas, sangra a mansidão da alma
Em grave alerta a esperar o massacre,
Que avançou rios e, pela ilha, o acre,
Ferindo à morte em tanta exata calma.
Tanto que o ódio tem causado à fome
Que em teus cascos te arranjou nevroses;
Bale em teu crânio, entre o arranhar de vozes
Que te alucinam e te ocultam o nome.
Porque és louco em tuas próprias fezes
E come reses quando o sol te assombra
ameaçando ir - por mais que rezes.
Pois és perverso em tanto mal que geras,
Que o mundo fátuo de tua imensa lombra
Te fez o monstro do qual temem as feras.
(F.N.A)
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