quarta-feira, 24 de junho de 2009

"À Luz da Lanterna"


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(Para Alexandre)




Cegueta num ensaio, Saramago
Na busca por um homem inocente,
Discorre que a barbárie é um emoliente
Que hidrata o amoral e faz estrago.

Eu mesmo, delegado igual Protógenes,
Às custas do exagero, indo à baderna -
Na busca de um honesto tal Diógenes,
Descubro: falta pilha na lanterna.

Perdido no buraco onde a toupeira
Faz casa, faz mansão e faz harém
Com a verba que restou da empreiteira,

Procuro a avestruz que não anda só,
Pra junto rastejar aos pés de alguém
Que toca sax alto em Jericó!!



(F.N.A)

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