O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quarta-feira, 14 de abril de 2010
"Além dos Muros da Cidade"
...Saudade é um troço...
...E a gente vai poetando...
"Além dos Muros da Cidade"
Eu grito além dos velhos muros da cidade,
Além da Porta de Damasco e de Sion,
E muito espero que meu sopro de Saudade
Persiga úmido tua boca em teu batom;
A olhar da Torre de Davi sobre as colinas,
Buscando o vento que o deserto refrigera,
Sigo o muezim, em suas preces matutinas,
Como a buscar teu coração em outra esfera.
Minha vontade, Doce Amada, é estar contigo
E me alojar aos seios vagos com que acodes
A minha fome, meu desejo e meu abrigo;
Pois quando durmo, bem distante de teus braços -
Como um leão guardando as portas de Herodes
Sigo buscando, em peregrinos, vossos passos.
(F.N.A)
terça-feira, 13 de abril de 2010
"Variável da Prega"
...Só há lei para quem pode ser punido...
...Para o restante, existe dinheiro e influência...
"Variável da Prega"
É como estupro com pombada consentida,
Pena de Morte onde o carrasco tem remorso;
Aduaneira sem fiscal... É igual a negócio
Sem trato ou firma reconhecida.
Assim é a relação de foda explícita
Às leis eleitorais neste motel -
Com o cú, entra o votante em seu papel
De vítima ideal em coisa ilícita.
A meta do governo é ser agressor,
Que a tapa, pica dura e com jeitinho
Arromba o cú alegre do eleitor.
Já às Leis... Resta o descaso paralítico -
Juiz não sente dor em seu cuzinho,
Daí ser perdulário com político.
(F.N.A)
sexta-feira, 9 de abril de 2010
"Cruzada"
...Ação morta, fantasmas votam... Isso, para o Castelo, é tudo!
...Viva o modebismo dessa Arena medieval!
"Cruzada"
Quis ter Jerusalém, Rei Saladino,
Não muro sobre muro em seu escudo,
Mas, dominando vidas e o destino...
"- Jerusalém, tu me és nada... és tudo!"
O cerco aos cruzados sobre um estudo
Da liturgia mameluca do escrutínio...
Pilhagem de tesouro ou velocino:
Poder - faca afiada em sangue mudo!
Não quis-se amotinados ou rendidos
Espólios, mas conquista do reinado -
Escravos de um Império pretendido.
Aqui, um panteão está à mercê
Do acaso entre Bandidos e Cruzados -
São votos valiosos a render.
(F.N.A)
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