O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quarta-feira, 14 de abril de 2010
"Além dos Muros da Cidade"
...Saudade é um troço...
...E a gente vai poetando...
"Além dos Muros da Cidade"
Eu grito além dos velhos muros da cidade,
Além da Porta de Damasco e de Sion,
E muito espero que meu sopro de Saudade
Persiga úmido tua boca em teu batom;
A olhar da Torre de Davi sobre as colinas,
Buscando o vento que o deserto refrigera,
Sigo o muezim, em suas preces matutinas,
Como a buscar teu coração em outra esfera.
Minha vontade, Doce Amada, é estar contigo
E me alojar aos seios vagos com que acodes
A minha fome, meu desejo e meu abrigo;
Pois quando durmo, bem distante de teus braços -
Como um leão guardando as portas de Herodes
Sigo buscando, em peregrinos, vossos passos.
(F.N.A)
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