O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
terça-feira, 4 de outubro de 2011
"A Vingança de Montezuma"
...Ele não pára! Ceifa companheiros, destrói alianças, mente bastante, vitupera aos rincões da inconsequência naquela bebedeira larga que enfeita seus atos de irresoluto fuzileiro naval...
"A Vingança de Montezuma"
Filho bastardo e perverso do senhor
De engenho que nos mói há tantos anos,
Quem haverá de interromper teus planos -
O destino, a tragédia ou algum tumor?
Ninguém te sabe os índios que encantaste
Com espelho de Brasília quando eras
Senhor por oito anos dessas feras
Até que um leoa o fez mascate...
Voltastes sorridente e nem a perda
Das células mortuárias do teu filho
Te acalmou o gênio e a malvadeza.
E segues Espanhol espalhando a bruma
De sangue sobre os corpos no junquilho
Que insurge a provação de Montezuma.
(F.N.A)
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2 comentários:
Não culpo o imediatismo de análises bem mais providas de ranço que serenidade: ação corriqueira tão comum como quem pega um trecho da Bíblia e cria sua própria religião. Por isso, entendo que o desconhecimento da história de opressão dos povos indígenas da América encontre razão em quem desconhece o legado de esclavagismo, de imperialismo e de genocídio em massa que a força das armas garantiu em nossa domesticação territorializada, mitigadora e econômica - que por sinal permanece intocada desde o momento em que registra-se o amém eterno ao FMI ou mesmo quando o relacionamento com o Poder encontra escora na permissibilidade na bajulação em troca de favores ou apenas submissão latente por alienação. Nos libertamos dos jugo espanhol, mas a vingança dos conquistados não sucumbiu, ainda. Apoiamos com isso a fabricação de líderes pernósticos, datados do sentimento exagerado de defensor dos interesses das colônias; a opressão externa imposta em troca da comercialização de narcóticos como fator econômico único a índios postos à margem social e confinados sob a miséria da seguridade pública de países que são mais deficientes que o Brasil neste aspecto; da violência descontrolada nos guetos e o índice crescente de crianças assassinadas, quando recrutadas por forças guerrilheiras ou no mercado do tráfico aumentando a conta que filou Montezuma - esta figura que permanece atual aos dias de hoje, é que digo aos intérpretes afetados dessa inquisição contemporânea - desvirtuaram como os colonizadores aquilo que sua capacidade não consegue entender.
http://www.klepsidra.net/klepsidra5/america.html
http://www.algosobre.com.br/biografias/hernan-cortes.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mangas_Coloradas
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