O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
sábado, 26 de maio de 2012
"Vagalume"
...Nada morre ao chegar a noite...
"Vagalume"
Noite, imensa presença de meus genes,
Que o ar cortando as folhas esquecidas
Deixa as solidões mais frias e perenes
Numa extensão cruel da minha vida;
Noite, imortal manto de orvalhos e betumes,
Âmbar na casca de uma árvore eterna,
Mostre o caminho por entre os vagalumes
Pois bem me perde o passo a maior perna;
Nutro o silêncio, como as rãs no capinzal -
Carpindo estrelas ressentidas no arvoredo,
Ensaiando coaxos num pijama do varal;
Noite, cantiga de meus sonhos inda tortos,
Amo o mistério lupanar de teus segredos
Que passam dias, não sucumbem mortos.
(F.N.A)
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