O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quinta-feira, 5 de maio de 2011
"Choro de Viúva"
...Anoiteceu uma coisa, chorou, fez escárceu, relampejou e... nada!!
"Choro de Viúva"
Na baixa do caixão, uma labuta.
Saudosa, grita e agita uma viúva:
"Meu bem, pra ti usei batom de uva,
Calcinha, sutiã e kamasutra."
"E agora, quem irá espremer a fruta
Das coxas que vacilam em casca fina?
Eu temo que o leiteiro da esquina
Azeite com leitinho essa gruta."
O choro da viúva imprime a ausência
Que o lustre envernizado do amado
Fazia ao revoar sua consciência.
Igual choro de bobo quando aborda
A saudade em que se frustra ao ver cassado
O sonho que acaba assim que acorda.
(F.N.A)
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