
...Só nesse zoológico se bebe a água da jaula do inimigo...
“Zôotins”
Marido que acostuma a levar galho
Ou esposa que aceitar levar soco,
Incorrem em mesmo erro e acho louco:
Deixar sem-vergonhice dá um trabalho...
Eu vejo uma cambada sem-vergonha
Que jura ódio eterno e até de morte
Aquele que ousar punir sua sorte,
Mas gosta de um perdão sem parcimônia.
É como algum político safado,
Que bate, senta a mão, mas quando apanha
Se dana a pedir mais, pois é tarado.
Declara oposição, mas vende a honra
Na dança do interesse do que ganha
E é isso sua maior desonra.
II
Um besta que chegou ao estado agora
Não vê que isso aqui é um zoológico –
Tem rato, tem piranha, gato e, é lógico,
O burro, a anta e a cobra não estão fora.
Só bicho que se alegra em estar desperto,
Porque ganha atestado do eleitor
E a classe da imprensa faz o favor
De proteger este malandro esperto.
Igual aquela hebdomadária,
Que adotou uma besta em sua estima
Que, por já ser tão cega, chega a otária.
Pior. Tem gênio ruim e já dá aula,
Pois gosta de animal que almoça em cima
Da merda que cagou na própria jaula.
(F.N.A)
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