O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
“Cecê de Gambô”
...Defendendo quem, mesmo?
...Ah, as próprias patacas...
“Cecê de Gambô”
Pra defender alguém sem posses ou cartilha,
E que possui só um atestado de pobreza,
É que o país destina aos pobres a nobreza
De um defensor pra aliviá-lo da armadilha.
Pobre não paga advogado ou faz partilha
De honorários com ninguém em sua mesa.
Pior. Não chama pro café, pois na dureza
Sustenta filho, pai, irmão... toda a família.
Mais foda ainda é o oposto da engrenagem:
O defensor do popular é um cabra rico,
Que ganha mais do que um juiz, fora a milhagem
Que acumula quando vai pro exterior.
E ainda cobra um reajuste de salário,
“Porque lidar com preto e pobre dá fedor.”
(F.N.A)
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Um comentário:
Ótima, principalmente os versos finais.
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