O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
sexta-feira, 30 de março de 2012
"O Joio e o Trigo"
...Ouvirás uma conversa solta, morna e acolhedora como a mordida da cobra. Pronto. Estás envenenado!!
"O Joio e o Trigo"
Boneca de Cera aonde é que entendes
Que tanta coisa feita a parafina,
Como a aliança dessa tal menina,
Pode durar enquanto tu acendes
Novo paiol, faísca cega, chama rouca?
- Assim adoecem em tanta pirotecnia
As doações, velhos contratos, alforria,
Que uma colher de salamargo salga a boca...
A eternidade, como as rugas num botox,
Sofre da ausência muscular com a idade:
Até a ferrugem vence a cor do aço inox.
Alguém soprou pela campina um alarido
E isso espalhou negras sementes na cidade,
Que ninguém pode mais te dar ouvido...
(F.N.A)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário