O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
sábado, 31 de março de 2012
"Pendências"
...Tudo a dizer antes que a terra nos cale, antes do último suspiro, antes que a língua atrofie, antes do primeiro verme...
"Pendências"
Luzes tranquilas adormecem, quando eu caio
Na mais profunda imensidão do meu azul -
Rastro de calma, solidão, vento do sul,
Rio da montanha, tempestade, para-raio.
- São essas noites, meu amor, de muito frio;
Noites dormindo o sono que dormi na infância.
- São essas árvores torcendo-se no rio,
Onde media com o olhar tua distância.
Ontem perdi meus sentimentos de andarilho;
Deixei a casa de meus pais, como a aranha
Pula de assalto sobre a presa no ladrilho...
Quem sabe hoje em que a cidade me ignora,
Possa entender a dor cabal que me acompanha
Pra, enfim, dormir quando chegar a hora.
(F.N.A)
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