O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
terça-feira, 10 de abril de 2012
"Compasso"
...A vida segue gerando círculos e eu compasso sobre suas linhas...
"Compasso"
...Ou foi minha mãe que disse, já nem lembro,
Que tudo de doente que há em mim
São flores de um sepulcro num jardim
Cansado dos desmaios de novembro.
Perímetro que eu sou, nem me calculo
Na imensa condição em ser compasso;
E a força que infligi a este traço
Não circulou a ausência de meu pulo.
Carrego em minhas forças propulsoras
Detritos de mil dias embebidos
Nos rastros de uma bruxa em sua vassoura;
Eu fui me despertar de um pesadelo,
Cai em mesmos sonhos não benzidos
Que tenho, hoje, afastados de meu zelo.
(F.N.A)
quarta-feira, 4 de abril de 2012
"Albedo"
Gostaria de registrar meus pêsames ao amigo querido Umberto Salvador, que perde neste momento seu grande amigo, senão maior, seu pai.
Companheiro, minhas mais respeitosas condolências e que Deus possa te aliviar esta dor.
"Albedo"
A distância até o sol, até o Cosmo infindo,
Onde a luz se renova a cada via-láctea,
Onde as estrelas dormem sua forma inapta
E Magalhães nebula a cor do céu fugindo;
Mais distante lugar da milha astronômica
E mais longe acender dos sóis que não nasceram;
Da lágrima de Odin à energia randômica
Onde habita o panteão dos Deuses que morreram;
Aos insólitos silêncios da força original,
Até longe albedo alcance o olhar do mundo,
Ainda lá não chegaremos em seu total final;
Mas, frente as distâncias que a vida não alcança,
A Saudade percorre em menos de um segundo
A dimensão infinita da maior lembrança.
(F.N.A)
segunda-feira, 2 de abril de 2012
"Cara de Paisagem"
...De que tragédia grega são feitos os sonhos mortos na essência???
... Se depender do trabalho realizado, será só mais uma dessas peças que não se encena...
"Cara de Paisagem"
Agora é que pulou de ré o córguinho,
Feito uma garça em duplo twist carpado;
Querer sentar à cadeira num joguinho...
- Ah, Sófocles, oxalá eu esteja errado!
Não serve pra reinar nem um ducado...
Nem as terras que assumiu não soube arar;
Tampouco soube as cercas aprumar
Às vistas de um litígio a atacado...
Querer lamber as rodas da poltrona,
O estofo, a cabeceira, o couro, a espádua
Precisa mais que sonho, algum diploma...
Precisa ser honesto (e essa é comédia...);
Saber quando cuidar na luta árdua
Honrando quem não o tinha por Tragédia!
(F.N.A)
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