O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
"Calote Pacífico"
...Besta tem em tudo que é lugar - em sindicatos, em associações, nas urnas...
“Calote Pacífico”
As regras pra um calote dar na praça
São quase universais e invariáveis –
Primeiro, escolha vítimas improváveis,
Pois elas são cordeiros de arruaça;
Segundo, lhes prometa o mundo inteiro,
Depois lhes negue pão, mas dê o circo –
Conforme Maquiavel escreveu o dito:
Sê mau, mas bom se finja por primeiro;
Terceiro, candidate-se ou pleiteie
Um cargo ou dinheiro emprestado
Que possas postergar sem que o aperreiem
Na porta a lhe cobrar. Pois, fujas então
Pois quando alguém deixou de ser abestado
É hora de fugir com pai, mamãe e irmão.
(F.N.A)
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