O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
"O Bocó do Egito"
...Farinha de osso contamina rebanho e espalha a vaca louca. Mas boi com fome come de tudo e não passa mal. O negócio é saber se sobrará farinha. É que o rebanho é imenso!!!!!!
“O Bocó do Egito”
Eu sou o José do Egito às avessas
Que, no cerrado, vive igual a um macaco –
A cela em que me escondo é um buraco
E mal interpreto sonhos na cabeça.
Não sou caçula, mas caí no poço
Jogado por irmãos; e, à pouca grana,
Venderam-me de escravo à caravana
Que foi gigante e, hoje, é só um tremoço.
A Potifar servi sem promoções,
Não fui senhor do Egito, nem encontrei
Riqueza dando sopa nos Cantões;
Errado, comecei sem ter abonos
Pegando vacas magras e, hoje, sei
Que as gordas que virão já têm seus donos.
(F.N.A)
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