O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
sábado, 5 de junho de 2010
"Abismo"
...Na verdade, não anseio muitas guerras e nem correspondências do front.
...Viver já é foda!
“Abismo”
Salinger sabia da vertigem ao precipício
E nada mais sei, que não seja queda livre.
Não há ninguém para frear minha derrocada,
Nem me apanhar pelos braços ou me dar a mão.
Desde que a vida me descobriu moleque,
Quietinho e seviciado no açaizal,
Nunca mais tive paz ou permaneci camaleão:
Outdoor sem anúncio a sorrir aos pichadores
Carro das pamonhas a gritar enfados,
Achei de abismar horóscopos e muiraquitãs
Nas horas úteis e inúteis dessa peleja.
O conselho pra me jogar recebi do ostracismo –
Tantos quilos de orgulho a espalmar o chão,
Tantos gritos de súplica aos indiferentes.
(F.N.A)
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