O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
"Altamira"
Altamira não é a cidade em que nasci, mas a que vivi.
Agora, já completando 100 anos, Altamira estala a lembrança sepulta.
"Altamira"
Cem anos não constroem-se em três dias;
Nem a província desconstrói-se em cem anos.
- Altamira, eu quis também mudar meus planos,
Fugir de ti, singrar o espaço... Algum dia
Quem sabe eu volte à Castilho, ao quintal
Da casa de meus pais... o abacateiro,
A velha caixa d´água e o olhar matreiro
Às roupas da vizinha no varal.
Eu que sabia em ti a própria solidão,
Quando cantava uma canção e a viola
Cantava o sopro da saudade de um verão,
Quando eu fora só um estranho aventureiro,
No universo em que teus bairros foram a escola
Da contramão. E, natural, fui o primeiro.
(F.N.A)
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