O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
"Trevo"
...A noite é fria, a calma é mansa, o cigarro é um desconector; a alma é leve...
...Ninguém alimenta sonhos que não vingam, nem vingam-se...
"Trevo"
Ei, tu que ainda à noite te conectas
E traga o fumo, enquanto lês o que escrevo,
Saibas que o sonho é o pior do trevo
De quatro folhas sempre insurretas.
Ei, tu que sabias todos meus segredos,
Que bebe a serra e o rancho em que o moinho
Amanhecia o vale e aquecia o ninho
De um chalé sagrado em teus dedos.
Tu que choras ainda, acorda agora!
Eu chorei como tu e sei que a vida
É o instante perdido mundo afora.
Tu que sabes das coisas que eu digo:
Ainda ontem, o adeus sem tua partida...
Ainda hoje, o perigo como abrigo.
(F.N.A)
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