O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
terça-feira, 8 de novembro de 2011
"Aritana"
...Quem controla chefe de índio? chefe de gabinete? chefe baba-ovo de patrão?
...Ninguém controla o cabelo sorvetinho da Vilela.
"Aritana"
Teu cabelo, Aritana, quem cortou a cuia?
Quem te fez o chefe desse escritório
Na selva de pedra? Quem te fez notório
Comprador de briga? Quem te fez tapuia?
Pelo que eu saiba, índio não se arvora
Em casca de galho, porque não sustenta
Peso de macaco e lá sustenta a venta
De quem cheira saco de patrão, agora?!
Pobre Aritana, entenda a geringonça:
Que caititu que anda fora do bando
Vira em dois tapas comida de onça.
Olha, a política é uma selva escura -
Índio valente que anda só fobando,
Morre (e não vê!) nas mãos da criatura.
(F.N.A)
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