O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
"Nada como um dia..."
Jornalista que esquece que o passado o trai, mal um cargo no paço lhe sustente as tripas, é o mesmo Tarzan que sempre come a Chita, quando a Jane descansa na casa do pai.
Uma pobre criatura que, enfim, vomita em si mesma a arrogância de seus vinte anos, sabe mal do futuro - e há de melar seus planos - pois terá de sentar com seu velho Sibarita.
Mas espero que venha essa porca miséria, pois quando era estagiária era pobre de tudo, fraca em pauta, entrevista, nem cobria Assembléia;
A espero sorrindo porque o mundo dá volta e quando ela chegar nos faremos de mudos porque boca calada a vergonha provoca.
"Nada como um dia..."
Meu pai me ensinou que em boca larga,
A mosca azul da Intriga bota ovos -
Desde desse dia, então, entendo: os povos
Subnutridos pagam pela língua amarga.
Bem como entendo que a nossa sina
- dos jornalistas - é ser pião rodado.
Então por que um produtor viciado
Paga sua língua vil e assassina?
Porque esse bicho, cobra caninana,
Quando o Paxanga lhe beijava as botas,
No novo patrãozinho tinha gana;
Hoje, essa víbora não esconde o cheiro
Da boca larga que apodrece e arrota
Tudo o que um dia fez só por dinheiro.
(F.N.A)
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