O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quarta-feira, 6 de maio de 2009
“Programa de Milhagens”
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“Programa de Milhagens”
Depois de ter canudo, o jornalista
Esquece o bom discurso da guerrilha,
Esquece a boina, o chinelinho e a planilha
Onde listava suas lutas de anarquista.
Vem o emprego (e bem melhor se for governo)
Pra rechear todo inconteste Che Guevara
Com pão e circo, mais passagens e diárias
Remodelando a fúria ingênua desse termo.
Já conquistado, o jornalista perde a mão:
Não vê ataque, ditadura, malandragem,
Nada lhe afronta, causa impacto de escroque.
Pra descansar, fingir não ver corrupção,
Pega o avião pra garantir umas milhagens
Enquanto flana ter isenção em Nova Iorque.
(F.N.A)
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