sexta-feira, 8 de maio de 2009

"Lambança do Rio Branco"


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Rio Branco, o que exigia dos cadetes / cautela em transações e aleivosias / foi mestre dessa tal diplomacia / que enfia a faca invés de usar florete.

Sujeito aristocrata que exigiu / dos membros de seu grosso rififi / esposas dedicadas a servir / bancando de francesas lá no Rio.

Agora ele virou, depois dos anos, / medalha de uma ordem enviesada / que lustra os maiores dos tiranos,

Dos moucos, dos vendidos e dos traíras. / Assim, perante o mundo (palhaçada!) / fundamos a Embaixada dos Caipiras.


“Um Cínico na Ordem”


Bom Ghandi que a mão de ferro ousou
Conter pelo silêncio e não às armas;
E Castro, o redentor de nossos carmas,
O sangue pelos Negros dedicou.

Faminta Calcutá nos deu Teresa
E ela deu-se aos pobres toda a vida;
Francisco em seus espíritos na lida
Dos vivos confortou ante a tristeza.

De todos seres bons, todos, sem par –
Nenhum, medalha ou ordem recebeu,
Pois anjos não nos cobram seu doar.

Daí, alguém premia um inconseqüente
E bota uma medalha em fariseu
Que rouba, mente e engana os inocentes.



(Fredson N. Aguiar)

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