sábado, 5 de junho de 2010

"Fóssil Irresoluto"






...É uma questão de rebeldia e genética da hombridade, mesmo.

...Sabe aquele foda-se definitivo aos perdulários? Pois é. Taí!!






“Fóssil Irresoluto”


No dia em que o cerrado virar sal
E do sal virar oceano e abaixo um sismo,
Da plataforma, a sonda, ao denso abismo,
Alguém achará meu fóssil de metal.

Porque daqui não saio – além por própria conta
À busca do saber, dos livros e do frio,
Da luz do continente que afundou no rio,
Mas não irei por medo de quem me afronta.

A solidão do bravo e a sanha do atrevido
Percorrem minha medula com o veneno ósseo
De pragas, como eu, em pastos combalidos.

Ninguém, além de Deus, irá me impor degredo!!
Mesmo a Terra cuspindo o próprio sacerdócio
E o mar se afogando, eu não arredo um dedo.


(F.N.A)

Um comentário:

Anônimo disse...

Querido Fóssil irresoluto,por favor não arrede o pé nem um instante deste blog maravilhoso...