O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
terça-feira, 8 de junho de 2010
"Siameses"
Ok, ando nostálgico, existencialista e melancólico.
Pô, o mundo não é só críticas, críticas e críticas.
"Siameses"
Vislumbre, meu amor - há uma sina:
De sermos siameses nesta vida -
Em ti grudado e, em mim, você, querida,
Como duas reses a tomar vacina;
Ou, então, duas estrelas pequeninas
Que orbitam, como elétrons frente ao núcleo
De um átomo, bailando absolutos
Seres do Espaço à luz matutina.
Firmados, como velcro e aderente;
Grudados, como sola e superbond;
Ligados, como cárie e dor de dente:
Irmãos, mais que amantes e amigos;
Pois finda a vida, ao se cruzar a ponte,
Quero cruzá-la, meu Amor, contigo!
(F.N.A)
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2 comentários:
Grandiosa alma,só tua poesia poderia dar compreensão a algo tão terrível tão bizarro aos olhos comuns,mas agora e lindo em meu coração.Você é luz!
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