O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
terça-feira, 9 de novembro de 2010
"Espírito de Porco"
Se Robin Hood contasse com um Little John sacana como o que contamos nesta jornada, Sherwood estaria entregue às mãos do Rei antes do amanhecer de um primeiro confronto.
Belicoso, vaidoso, bugre e nocivo, nosso Iago torceu contra, não apenas por inveja, mas por agrado às hostes contrárias – é que sempre foi homem de bando... bando multipartidário.
"Espírito de Porco"
Maledigna missão humana entre os valores
Contrários ao bom senso e à retidão dos puros,
A inveja aflora espinho (o roseiral impuro)
No coração do ímpio em mui diversas cores.
O espírito sem escalas no umbral que sofre
A infeliz natureza da energia abandonada
Não sente a luz vingar após a madrugada
E a senha da razão a destravar o cofre.
O velho e mau Bigode tem essa azia grave,
Que agoura e desdém com olhar de enfado
A pelota chutada pra bater na trave;
Como nessa vitória que custou trabalho,
Onde o pouco que olhou em gordo bocado
Fez arruda secar lhe apodrecendo o galho.
(F.N.A)
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