O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
"O Amor... sem Vinícius"
Vinícius dizia “em tudo a meu Amor serei atento”. Contanto, sendo infinito enquanto DURO.
Fidelidade conjugal baseada em acordo político é como pau de tarado em bunda de viúva.
Pior. Com amor assim é bunda gasta, amor sem graxa; sem mandato, amor pro saco.
“O Amor... sem Vinícius”
“Em tudo ao meu amor serei atento,”
Conforme ele me guarde em sua trama,
Como uma puta que arruma a cama
Em que deitou depois do desalento
Da velha clientela do Chiqueiro,
Que amarga a carne nua com conchavos
E paga o coito dela com centavos
E exige tratamento de empreiteiro.
Zeloso em tanto amor serei leal,
Igual um marido solto sem a esposa,
Liberto pra brincar no Carnaval.
Zeloso, mas fadado ao moralismo –
Não vale amor fatal com mariposa!
- Assim farei valer meu catecismo.
(F.N.A)
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