sábado, 11 de fevereiro de 2012

"Diadorim"



Camarada de peleja, mestre Lailton, as Veredas, mais que Terras do Sem Fim, são segundos congelados de um Cerrado que um dia é também sertão.

Soneto-Estudo sobre Guimarães Rosa. Velho, Riobaldo lamenta morte de Diadorim: o sertão como princípio de um Tudo e a morte como princípio de um Nada.




"Diadorim"


- Matar Hermógenes, contudo não
Matar-me mais, não sei se mais podias...
- Diadorim, as casas são tão frias
No bando rude onde nasci - Sertão.

- Nem Otacília pude amar. O Cão
Que me seguiu e foi fiel, sabias?,
Justo a este pacto mortal, podia
Não me saber em ti saber-te... ou não.

- Resta o silêncio e nada mais me resta
Desta canção que a luz do lampião
Descortinou-te o sexo. A floresta

Da indecisão que em tudo me contia -
Galhos torcidos de espinho... A mão.
Me disse adeus a tua mão tão fria!!


(F.N.A)

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