O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
terça-feira, 24 de julho de 2012
"Diorama"
...Hecatombe, campo minado, guerra em trincheiras, fogo cruzado...
"Diorama"
Finge natureza, finge um habitat,
Finge a própria causa do naturalismo,
Se duvidar, finge o criacionismo
E o pessimismo de seu grupo celular;
Não finjas só! Finjamos juntos pelos poros
A gratidão desse suor em tua mesa;
O microcosmo em sua maior rudeza
Também protege a utilidade dos esporos.
Nos transmutemos. Não, melhor, criemos ramos
De uma colônia virulógica tranquila
A alimentar um hospedeiro com seus danos.
Nos asperjamos, se couber, a algum lugar,
Pra que ao beijar o pobre chão de uma vila,
Perpetuemos com veneno o próprio ar.
(F.N.A)
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