O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
"Mão de Tarado"
...A mão que afaga é a mesma que apedreja. (Augusto dos Anjos)
"Mão de Tarado"
Cansando com a ordem nas escolhas,
Retiro minha intenção a qualquer merda -
Serei a bunda onde se limpa a cerda
Da escova sanitária em cinco folhas.
Ninguém indica nada, nada indica
No paço complacente entre os peões -
Cabe somente à sua boca rica
A dentadura gorda em comissões.
Não diga-se: "ninguém foi avisado!"
O peso de sua mão é insensato
Sufoco em parte baixa de tarado,
Que aperta nos culhões até que o suco
Da última macheza estoure o fato
E a trolha de um político maluco.
(F.N.A)
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