O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
"Um Estranho no Ninho"
...I´m the Kiwi Master!
"Um Estranho no Ninho"
Por muitos, muitos anos nesta casa,
Eu, hoje, já nem sei aonde é a porta
Que enxote-me daqui ferindo a asa
Da mosca que eu fui e hoje é morta.
Se antes, os corredores eram imensos;
Agora, é pouco quarto a tanta estrela.
E o mofo que aspergia o ar com incensos,
Sumiu. Mansão impossível descrevê-la.
Quem tinha a ditador o novo patrão,
As bençãos do poder tem por primeiro
Aos cães que lhe beijavam a mão.
E eu sinto uma vergonha, de mansinho,
Por ser um pinto velho sem poleiro,
Servido como frango a passarinho.
(F.N.A)
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