O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
sexta-feira, 1 de abril de 2011
"A Parábola do Alpiste"
...Foi tempo em que medo de inferno e o temor do pecado cingiam cabeças resignadas..
...Nunca as ovelhas rezaram tanto na cartilha da opinião pública...
"A Parábola do Alpiste"
O céu quer mais que reza e Santa Sé
Na cota que os pastores sabem bem
Em discutir orçamento com alguém
Que saiba mais de cálculo que fé.
Reclama um pastor, passando sono,
Que pouco seu mandato lhe assiste -
O passarinho preso come alpiste,
Porque precisa pão da mão do dono.
Mas, hoje, os rebanhos não só balem;
Não dizem só amém, de noite e dia,
Orando e concordando que se calem;
O crente, hoje, comunga de protesto.
Jesus, que era Jesus, também agia
Pregando e redigindo manifesto.
(F.N.A)
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