O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quarta-feira, 30 de março de 2011
"Escola de Sagres"
...Navego, desbravo, canso e derivo nestas águas que me afogam...
"Escola de Sagres"
Desbravo igual um marujo sem morada
As lanças do oceano e ainda encontro
A fórmula geográfica do helesponto
Que fez a minha vida mais cansada.
Confesso. Alguém me dê água salgada
Em cálices que as mãos se unem mortas
E enterre meu destino entre as comportas
Que às lágrimas do abismo estão cerradas.
Eu muito naveguei em terra firme
E quando me lancei no mar bravio
As tábuas do calado contorceram -
Ruiram, pois não pude nem sentir-me
Uma parte deste mundo em meu vazio
Nos sonhos que vivi e que morreram.
(F.N.A)
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