O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
terça-feira, 22 de março de 2011
"Bico Seco"
...A cana tá cara? Tá, sim senhor! A pinga subiu, mas o álcool baixou? Milagre de Santo Expedito!
"Bico Seco"
Preciso de uma pinga bem fraquinha,
Pois como o preço anda Aquele preço,
Nem bago de Caiana em sobrepreço
Consegue ser mais parco que a branquinha.
Há muito tomar pinga foi um costume
Pra tantos, por pobreza, em seus centavos,
Cingindo o amargo banzo dos escravos
Por lenitivo que não se resume.
Confesso: Bebo pinga porque gosto!
Mas como meu salário pouco sobra
Pra conta do gargalo e o tira-gosto,
Com o brinde do cartel espalhando talco
Que o Santo Expedito não nos cobra,
Melhor parar na bomba e beber álcool.
(F.N.A)
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