O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
terça-feira, 29 de março de 2011
José Alencar - "Apego"
...A José Alencar - homem rico na terra em suas conquistas; mais ainda no céu em boa-aventurança...
José Alencar - "Apego"
Na praça, um anúncio. No alto-falante,
A morte é dissecada e os olhos disparam
No silêncio a multidão - e a tudo encaram,
Pois a vida sorriu-lhe o acalanto adiante.
No descanso do ocaso, o horizonte agradece;
A oração reverbera, quando máquinas param,
O fio que se tecela, enquanto roupas quaram,
E desfia no tempo o destino em uma prece.
Morre agora - Morrendo, não! Emurchecendo
A flor de sua velhice e o canto da coragem
No recanto ilustrado da Vida, entendendo
Que só leva do mundo, o sorriso e o sossego,
Quem, na luta do tempo, não bebeu da miragem,
Mas da sanha da vida em seu maior apego.
(F.N.A)
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