O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quinta-feira, 17 de março de 2011
"Autonomia na Senzala"
...O Tocantins, em sua história, registra exploração de sua gente - teta boa não seca...
...E povo aprisionado luta sem trégua por dia melhor...
...Pena que há quem ainda lute pelo atraso e por interesses fátuos - apenas dinheiro e bestagem.
"Autonomia na Senzala"
I
Não fosse o aval francês em 1600
Quem sabe o Tocantins nem existisse
E o rio desbravado não fluísse
E a terra não vingasse seus rebentos...
Instadas companhias de Jesus
Na aldeia Palma velha e, além, no Duro,
Ninguém sabia ao certo o que o futuro
Guardava a Theotônio nesta cruz.
Passado, hoje, o presente em uma banheira
De pedra que escorreu em Natividade
A idéia descansada na canseira
Da lida ao fim do dia, uma revolta:
Província sendo estado, e não cidade,
Coroa sem tratado ou prende ou solta.
II
Levante armado e as costas de um matuto
Nas lápides fincadas nos quintais,
Abria no cerrado as vicinais
Que nos ligavam ao nada em chão sem fruto.
Mas muitos que exploraram nossa areia
Seguiram na derrama em altas taxas -
Ao menos preocuparam em por uma graxa
No esfíncter dos filhos das aldeias.
E fomos, todos juntos, seviciados -
O branco, o quilombola, o índio e o gado
Nas contas dos impostos nos dobrados.
E assim surgiu um Estado e sua alforria.
O problema é combinar com os deputados
Se a carta vale mesmo ou é fantasia.
(F.N.A)
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