O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
"Rui, o Rebelde Retraído"
...Ele finge que vai, finge que vai estourar, está a um passo de explodir, mas se retrai.
É um valete tímido com sérios problemas de imposição.
"Rui, o Rebelde Retraído"
Quando um fedelho, Rui torceu o joelho
E sua mãe o prendeu como bem quis.
Um mês de tala sem se olhar no espelho...
Tentou se rebelar. Foi por um triz.
Subiu na vida o Rui. Deixou o cabelo
Crescer como sua morsa no nariz.
Prefeito de mulambo deposto do castelo
Pensou vingar. Calou! - Foi porque quis.
À idade, lobo velho, ele descansa
E se revolta quando alguém ainda lhe eriça -
O pelo sobe, se atiça e sobe a pança.
Lá na Casa do Conde, zangado pela cidade,
Cansou de tanta avaria na areia movediça,
Quis se zangar, parou. Não xinga a cara metade.
(F.N.A)
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