O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
segunda-feira, 18 de junho de 2012
"Desjejum"
...Fora, tanto afastado da lagoa, o sapo encerra a fome de mosquito a tapa...
"Desjejum"
O sapo cururu foi convidado
Pra festa da cotia, dia desses.
Lustrou a boca larga tantas vezes,
Que o papo ficou ruim de tão inchado.
Não pôde nem comer e bem calado
A língua espichou por entre o dedo,
Pensou papar um rato, teve medo -
E foi tomado a fino e educado.
Dez dias se passaram. Então, curado,
Com a boca desinchada, ele ligou
Pra casa da cotia - um advogado.
- Amigo, eu não comi. Algo incomum.
Quem sabe um acepipe não sobrou
Que dê pra encerrar o meu jejum?!
(F.N.A)
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