O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
segunda-feira, 11 de junho de 2012
"Dodecafonia"
...Quantos sons produz uma hemorróida. E várias? Uma dodecafonia.
"Dodecafonia"
Barriga empanzinada que dá sustos
Em todos nós mortais, deuses, cristãos,
Parece um gás mostarda em combustão
Que mal cobre a despesa e outros custos
Que o pobre do marido gasta em cheiro,
Perfume, uns mil Afrins e um patuá,
Pra ver se ele consegue disfarçar
O cachorro que está morto no banheiro.
Então decide: "agora é que me cago!"
Com medo, se arrasta pela cama
Pra ver se salva ao menos os seus bagos
Roxinhos nos pentelhos, igual o nariz
Do pobre que esperava um cú sem rama -
Mas peido é só o que sai do chafariz.
(F.N.A)
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