O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
"Chico Doido (1)"
...Hospício pra esse aloprado seria pouco. Ah, uma Camisa de Força...
"Chico Doido (1)"
Na cela 26, do velho hospício
Fechado há muitos anos, em Altamira,
Tratava Chico Doido de uma pira
O dono do lugar, Seu Aparício.
Mascando a própria merda, igual indigente,
Dizia estar comendo "chocolate".
Gritava toda noite e em qualquer parte,
Que fora muito rico e tinha patente.
Morreu em 96, sem estar curado.
Mas, insistiu na estória da linhagem
Que era mais que um doido - um iluminado.
Aqui, há mais um Chico, bem paspalho,
Que pensa que ainda é chefe da pilhagem
E é só mais um maluco a dar trabalho.
(F.N.A)
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