O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
"Diario de um Desempregado" - Dia 1
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...surpreendendo as moscas, causo asco até em minhas células!!
“Diário de um Desempregado”
(Dia 01)
São nove da manhã e eu coço a bunda.
Preparo o corpo mole pra um salto
Da cama tubular que achei no mato,
Mas falta direção e a merda afunda.
Não vão nem cinco dias em que fui morto –
Perdendo a identidade que eu fingia
Pra um sopro de miséria e riso torto
Que vai inundar agora ao meio-dia.
Eu rio quando entendo o jornalismo –
É faz-de-conta posto em mãos erradas:
Estória que descamba ao populismo.
Mas sei do novo emprego que almejo –
Quieto Ser que está em salas lotadas
Nas telas de um mural – o percevejo.
(F.N.A)
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