O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
"O Dicionário dos Sonhos"
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...Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos! (“Vandalismo” - Augusto dos Anjos)
“O Dicionário dos Sonhos”
Cem anos de dormência em sono virgem,
A bela adormecida tinha, ao menos,
Promessa de madrinha fada (acenos)
Do príncipe que daria-lhe vertigem.
Nem Freud decifrou, em fichário inteiro,
Nos sonhos que agoniavam pacientes,
O rastro abstrato, mas presente –
Só acorda quem tentou dormir primeiro.
O duro despertar em quem está no coma
Da ausência do poder causa remela,
Olho seco, catarata e glaucoma.
Eu mesmo sei de um cego que se encrustra
Na ostra, entre paredes de donzela,
Pois teme acordar, senão se assusta.
(F.N.A)
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