segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Guerra de Araque"


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...Revolta? Quarteladas? Esqueçam!!

...A coragem morreu no trato político! Dinheiro corrompe patente e sela boca de milico – desde o graudinho até o pó de mico!!


“Guerra de Araque”


Acordo todo dia e espio da janela,
Do quitinete escuro (o claustro em que sou monge),
Se as trompas do exército explodem a cancela
Num estampido seco de um tiro ao longe.

Espero, como virgem quer romper o cabaço,
O antro da balburdia de uns leões covardes;
Mas caio sem ouvir o tiro e a ponta de aço
Da morta quartelada em nossas mornas tardes.

Me frustro, e quem não se frustraria,
Com uma guarda inapta que não honra o código
De que bunda de guarda não cede à putaria.

E assim volto a dormir nas auroras do meu lítio –
Não há cão no quintal que ladre um urro lógico.
Há pelego demais pra um estado de sítio!!


(F.N.A)

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