quarta-feira, 19 de agosto de 2009

"Ribeirão & As Piabas"


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...De biênio em biênio, as águas ganham força. Temporárias, decerto, mas incômodas. Rio que seguia curso noutra margem, já segue nova rota em Mer du Prince...



“Ribeirão & As Piabas”


O caldo entornou e nem dá moqueca
Com o resto das piabas da panela.
Melhor engrossar o pirão com pó de vela
E o couro de uma alegre perereca.

Sentindo ouvir o choro da boneca,
Distante, aproximando, igual cadela,
Eu vejo nas piabas pondo sela
O rio pequenino que não seca.

Ribeira de banzeiro que se acaba
Em tombo de iolé, caiaque e prancha
Também acostumou a comer piaba;

E todas que lhe seguem o curso d’água
Afogam em eleição que não deslancha
Na lama de sua cara mal lavada.


(F.N.A)

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