O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
"Olhar 43" - da Série DEPOIMENTOS
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...Espada Justiceira dê-me a visão de longo alcance! Estamos para virar o Hubble com tanta lente na cara!!
“Olhar 43”
Na porta da igreja, estava; e meu cachorro
Comigo ladeava o coro aos esmolários:
“- Dinheiro! Poderiam nos prestar socorro?"
Espírito bem pobres, ranços societários.
Pedia, em mais um dia descompromissado...
Foi quando um alvoroço irrompeu na aldeia –
O som dos caminhões, um palco foi montado
À custa de diárias a uns cinqüenta ôreias;
Tomei de uma marmita; alguém cortou cabelo
Da venta do cachorro, quando me tacaram
Um óculos na cara e lá nem tinha espelho;
Mais me pediram voto, que meu grau usado...
E eu nem lhes procurei dizer que vacilaram,
Mas agradeço muito. Cego Aderaldo.
(F.N.A)
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