O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
sábado, 29 de agosto de 2009
“Pista Sinuosa”
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...E a morte o carregou feito um pacote no seu manto! (Belchior)
“Pista Sinuosa”
Dentro do carro a cem por hora (oh, meu amor!)
Só tenho agora o carinho do motor.
Nem lembro mais da seta incerta à direita
Que se tomou neste Landau de cor suspeita.
O contra-senso que me faz pensar em quem some
Como Belchior, me pega em apego às “Paralelas”
De um governo que sumiu e hoje tem nome –
Último faísca que estourou o cabo das velas.
Não sei a direita ou a esquerda que virá,
Nem se indireta (forma avessa de direta)
A gasolina adulterada irá engasgar
Esse motor de engrenagem enferrujada.
O que me assusta é estar perdido na floresta
Porque pegamos, por querer, a estrada errada.
(F.N.A)
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