O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
sábado, 20 de março de 2010
"Água de Colônia
...Como tenho Sorte!! Nesta província, boa parte tem nariz entupido...
"Água de Colônia
Um homem sem dinheiro é igual a um poste,
Aonde um vira-lata verte água:
Ninguém o toma em lhe saber sua mágoa;
Nem bêbado que, ao menos, em si encoste.
É um bacilo! Um vírus! Uma cultura
De bactérias que escapou à quarentena;
Um infeliz sinal no mundo, uma antena
A irradiar sua miséria às criaturas.
Não se compara ao Humanismo ou hominídeo,
- Filho de Spencer, Kafka, Stendhal, Malarmé -
Pois é menor que o fotograma de um lipídio.
É como um vulto; e quando notam sua presença
É pelo cheiro de pobreza démodé
Em seu perfume de fantasma sem essência.
(F.N.A)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário