O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
terça-feira, 2 de março de 2010
"Cores Primárias"
...Quem comprou o Hulk, que ele assumiu, sorry: amarelou, de novo...
“Cores Primárias”
Pra se alcançar o verde alguém mistura
O amarelo e o azul numa mesma tina:
Cores fingidas com que se atura
O cromatismo morno que se descortina
Quando nos pintam arranjos coloridos,
Na envergadura dos que morrem urrando
Tanto furor esverdeado com pruridos
De um negrume bem covarde se pintando.
De uma mistura mal mexida em duas tintas,
Alguém pintou, de verde, o moço cor de rosa,
Que desbotou seu roseiral nas nossas quintas...
E o que era verde se azulou, quando o rastelo
Rejuntou suas folhas mortas ao fim da prosa
E o que sobrou foi só um covarde amarelo.
(F.N.A)
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