O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
"77%"
...Estudante bem nutrido não sabe o que é trabalho. Ora, o papai paga mensalidade, cachaça e a camisinha para as noites na República...
...Mas essa raça, quando mais se precisa deles, é domesticada que nem integrante de União de Estudantes – conforme lhe financie o patrão, bate continência e até elabora manifesto...
“77%”
Aluno que desanda a dar as caras
Que nem os pintadinhos do Brasil,
Que um dia foram cães em um covil
E, hoje, silenciam as próprias taras,
Desanda a reclamar que nem marica
Reclama do esmalte e até do gloss –
Enfim, a classe de estúpidos caicós
Somente berra, faz beicinho e agita;
Na hora que se precisa de um cão desses,
Pra ir bater na cara de bandido
Que rouba no congresso há muitos meses,
A boa maioria foge pra baderna,
E o resto dos magotes mais fedidos
Engole umas cachaças na taberna.
(F.N.A)
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