O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
terça-feira, 3 de novembro de 2009
"Leitãozinho Highlander"
.
... É, pois é. Não basta ser imortal, tem de se perpetuar; deixar mau cheiro onde passa.
...Canfurina não mata o tipo de porco, que defende tudo que seja governo – seja débil, seja tirano, seja frouxo ou carcamano...
“Leitãozinho Highlander”
Ninguém sabe do contrato que sustenta
O Rondomé na lista dos abastados –
Rola-se o dedo no diário de estado
E nada sabe-se de sua força benta,
Que rende lucros e lhe faz vizir,
Em tópicos clementes a quem paga;
Mas é possível falar mal se a praga
Da verba em sua conta não cair.
Enfim, desde a fazenda construída,
Os porcos se alternaram entre fiambre,
Torresmo, lombo e carne embutida;
Só este porco desconhece o sangradouro,
Pois vive manso – sai governo, entra governo –
Na estratégia de salvar o próprio couro.
(F.N.A)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário