O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
"Acelera, Rubinho..."
...Acelera o quê, Cara Pálida?
...Se não vier grana de fora, bancarrota será tua sina. Quero ver é até onde tu vais assumir rombo dos outros em nome de composição futura...
...Cristo, que alguém me torture...
“Acelera, Rubinho...”
Cães, não entendam que este grito voluntário
Se se ressente porque hoje come merda.
Só o que peço é que me enxuguem com a cerda
Com que se limpa algum vaso sanitário;
Que o meu langor e toda a minha euforia
Que escrevem versos sem sequer mudar o mundo,
Sejam extirpados como morre um ser rotundo
Quando em bacilos de outras feras se sacia;
Ou minha língua e meus doces olhos mortos
Sejam enfiados em espetos com cebolas
E bem assados sirvam pra alimentar porcos;
Me punam em tudo o que houver de extraordinário,
Só não me peçam pra ouvir notícias tolas
Que não aceleram. Bem pior, marcham ao contrário.
(F.N.A)
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