O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
"Descrença"
...Não acredito mais nesta bagaça!
...Canso a cada dia que contemplo este Cercado.
...Definitivamente, não dá pra acreditar neste chão...
“Descrença”
Eu muito me assusto, hoje em dia,
Com trinta e cinco anos bem sofridos –
De tudo que já vi e senti aos ouvidos,
Ainda acordo com as dores da atrofia,
Que se aloja abaixo do meu fraco crânio,
Em curtos bem nervosos de uma nevralgia -
É a massa inconsciente do meu ar de estranho
Chupando a palidez da minha casca fria.
O estado em que vegeto é este dejeto,
Que a raça dos insetos e dos vermífugos
Contempla com favores de amor-objeto;
Não sei se há veneno pro meu fado,
Mas sei que há poucos anos pra o Incubus
Descer o pau nas costas deste Estado.
(F.N.A)
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